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Mostrando postagens de agosto, 2009

Chegando em Salta

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Exibir mapa ampliado Depois que o ônibus encostou em General Güemes, quase não consegui mais dormir, embora ainda fossem umas 5hs da manhã. Já sabia que estávamos perto. Chegando na cidade, vimos muita gente ainda na frente de boates, provavelmente num fim de festa. Afinal, era domingo de manhã e argentino que se preze não começa festa antes das 2hs nem termina antes das 5hs. A rodoviária de Salta, nossa velha conhecida de de quase 7 anos antes, estava quase da mesma maneira que eu tinha na minha remota memória. A parte de dentro, que não cheguei a conhecer naquele ano de 2003, já estava aberta e era surpreendentemente moderna e limpa. Fugindo do frio de 3°C que estava fazendo, entramos e logo nos sentamos para tomar um belo café da manhã (na Argentina é sempre "medialunas") e para decidir, afinal de contas, em que albergue ficaríamos. Estávamos entre um dos três da mesma rede Backpacker's: o Soul, o City e o tradicional, Backpackers Salta. Como não existiam ta

Cruzando o Chaco

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De uma hora para outra, depois de umas cinco horas de viagem, já estávamos dentro da cidade de Corrientes. Poucos quilômetros e subúrbios separam a zona rural do centro da cidade, onde também fica a estação rodoviária. Encostamos o ônibus exatamente às 17h45 e pusemos em ação um plano: um ficava cuidando das malas, outro já ia vendo passagens, porque sabíamos que pelo menos 2 ônibus saíam para Salta às 18h00. Na correria, logo descobrimos que nosso plano "A", de pegar o ônibus mais tarde que saísse aquela noite, para ter tempo de andar e jantar em Corrientes, não seria possível. Ou saíamos às 18h, dali a 15 minutos, ou só no dia seguinte, pela tarde. Nesse meio tempo, o que estava pegando as mochilas no ônibus chegou e decidimos que compraríamos as passagens para viajar imediatamente. Com os quase 10 minutos que levamos nessa escolha e na compra das 3 passagens, os motoristas do ônibus já estavam brabos conosco, que estávamos atrasando a saída. Quase nos perdemos de um que

Interior de Corrientes

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Meio-dia, e nada do ônibus que já deveria ter saído quinze minutos aparecer. Decidimos sair atrás de informação e nos disseram que o busão chegaria uns 45 minutos atrasado. A tal empresa Santa Lucía não era das mais confiáveis pelo jeito (nem site conseguimos encontrar antes da viagem). Quando estava chegando na hora prevista, começamos a tentar adivinhar qual dos cacos velhos seria o nosso, até que ele finalmente apareceu. Como costuma ocorrer na Argentina, as mochilas vão embaixo, mas são colocadas pelos "maleteros", e não pelos motoristas. São esses indivíduos, avulsos que trabalham na rodoviária, que colocam uma identificação pouco confiável para servir de ticket de bagagem em troca de uma gorjeta. O frio do inverno não foi suficiente para deixar o interior do ônibus agradável. Com o sol que batia, tivemos que deixar janelas abertas para conseguir ficar bem. Apenas uns 300km separam Paso de los Libres da capital da província de Corrientes, mas são necessárias quase 6 h

Paso de los Libres

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Já havia passado mais de uma vez por aquela fronteira, mas nunca demorei tanto tempo para conseguir fazer todo o “processo”. Logo de cara, há “despachantes” se oferecendo para conseguir os papéis necessários e para orientar como preenchê-los, mas qualquer um consegue fazer tudo sozinho e, o que é mais importante, de graça. Existe até um cartaz dizendo que os serviços de migração são gratuitos e pessoais, para informar as pessoas. Dias antes, havíamos ouvido que em Paso de los Libres todos estavam usando máscaras contra a gripe. A primeira impressão realmente não foi boa, já que um dos únicos 2 policiais que estavam fazendo a imigração estava usando uma. Só que isso acabou não se confirmando mais tarde. Já adianto aqui que, depois desse policial, só vi uma criança de 6 anos de idade na Argentina inteira usando “barbijo”, que é como se diz máscara em espanhol. Depois de preencher a declaração de entrada e o cartão de turismo, carimbamos os passaportes e passamos para uma casa de c

No início

Depois de todas as idas e vindas relatadas num post anterior, nosso mochilão com destino ao Atacama e ao Salar de Uyuni começou exatamente às 0h15 de um sábado, dia de 18 de julho, pouco mais de um mês atrás. Estive envolvido com atividades na faculdade onde também dou aula até umas 22h30 da noite, mas como já tinha deixado tudo ajeitado naquela tarde, tive tempo suficiente para jantar e chegar tranqüilo na rodoviária, junto com meus dois companheiros de viagem – o Diego e o Rafael (3º mochilão com cada um deles). Como já havíamos descartada a idéia de ir de carro até Uruguaiana, pois nossos planos envolviam a volta de avião por Porto Alegre, o jeito era ir de ônibus mesmo. Só existem 2 horários diários de linhas regulares ligando Santa Maria a Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Um sai ao meio-dia e outro por volta da meia-noite, que foi o que tomamos. Ambos levam cerca de 6hs para percorrer pouco mais de 400km, numa estrada de poucas curvas e paisagem típica da Campanha.

Check list da viagem

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Sol, vento, frio, ar seco, gelo, pó e muito bórax - esteja preparado para os elementos Segue o check list que usamos para a viagem ao Atacama (e adjacências) no inverno. É muito importante estar protegido para o frio, que pode chegar a -20°C, como de fato enfrentamos. Atenção também para itens como lanterna, máscaras para gripe e protetor solar, inclusive labial - todos são itens obrigatórios. BAGAGEM • Mochila com capacidade mínima de 60L (máximo 20kg carregada) • Mochila pequena, para passeios (máximo 5kg carregada) • Capa de chuva para mochila • Cadeados pequenos para fechos das mochilas, com segredo ou chave reserva • Etiquetas de identificação da bagagem VESTUÁRIO • Calças (1 ou 2), que sejam boas para caminhar tanto em áreas urbanas como em lugares com pó e terra • Calções (1 ou 2), para dormir e para banhos de mar ou águas termais • Calça esportiva ( nylon, tac-tel , etc), para dormir e para passeios • Malha underwear polar, parte de cima e parte de b

(In)definição do roteiro

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A ideia original, desde o ano passado, era uma viagem pelo leste europeu. Um mochilão que já tinha como consenso Croácia, Hungria, e o que mais desse para ver em 15 dias corridos, por volta de maio de 2009. Com a crise econômica levando o dólar para a casa dos R$ 2,50, as passagens aéreas para mais de R$ 3.000,00 só para ir e voltar da Europa e mais uma série de outros poréns, meus amigos e eu deixamos os planos de lado e ficamos - desanimados - certos de que não sairia nada de mochilão em grupo nesse ano. No entanto, ali por abril, começou a aparecer aquela vontade de fazer alguma coisa mesmo que fosse aqui por perto. Cogitamos Equador, Colômbia, até mesmo América Central - até que uma "questão mal resolvida" do passado pareceu como a melhor opção: fazer bem feito o Deserto do Atacama. Para dar um "up" na viagem, o Salar de Uyuni seria o objetivo mais longínquo, aquela atração que valeria a viagem. Chegamos a ser 4 confirmados para a viagem, inclusive com parte d

Agora é para valer

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Mais uma vez estou eu aqui, desculpando-me pelos dias que fiquei parado sem escrever nada e prometendo voltar a postar... Deixei de lado por um tempo a ideia de escrever sobre aquela viagem a Buenos Aires e Montevideo para contar um pouco sobre outra, que ainda está bem fresquinha na minha cabeça - o mochilão de 14 dias que fiz com mais dois amigos ao Salar de Uyuni (esse da foto), passando por lugares como Salta (Argentina), San Pedro de Atacama e Iquique (Chile) e alguns outros mais. De certa forma, foi como voltar um pouco no tempo, até aquele primeiro mochilão a Machu Picchu, quase 7 anos atrás. Valeu muito a pena. Gastamos pouco, tiramos fotos muito legais, conhecemos muitos lugares inusitados, vimos muito estrangeiro para lá e para cá - vocês vão ver. Boa parte das fotos que serão utilizadas nesses posts são de autoria do Diego , inclusive a que ilustra o post de hoje - prometi para ele que não sonegaria os créditos. Nos próximos dias, também, pretendo dar uma revisada nos c