Parque Palermo

O Parque Palermo não é um só - são várias áreas verdes que ficam entre o bairro de mesmo nome e o Aeroparque Jorge Newberry (o aerporto urbano ao lado Rio da Prata), entre duas das avenidas mais movimentadas da cidade, que dão acesso aos subúrbios mais ricos ao norte da capital.

O lugar é conhecido (olha o clichê) como o Central Park argentino e, de fato, é utilizado como o primo nova-iorquino: um lugar onde as pessoas vão para andar de patins, de bicicleta, brincar com o cachorro, namorar, passear de pedalinho ou de charrete, ou simplesmente tirar uma soneca em cima do gramado.

Um dos pontos mais bonitos de se conhecer, ao qual só fui quando viajei pela primeira vez com a minha então namorada, é o Jardín Japonés, que é fechado e só se entra pagando ingresso. Lá dentro se pode caminhar por pontes vermelhas, laguinhos cheios de carpas, monumentos budistas (ou xintoístas?) e desfrutar de um restaurante com uma vista de tudo isso.
A parte mais concorrida do parque é aquela ao redor do maior dos lagos daquela região da cidade, onde há bastante sombra de árvores para ficar tomando um mate ou só namorando. Lembro bem que, na vez em que estive lá pela primeira vez, vi um monte de gente pintando paisagens em telas ou em folhas grandes de papel. Perguntei a alguns deles e me disseram que aquilo era uma aula prática da faculdade de Belas Artes que fica ali por perto.
Outra parte bastante conhecida do parque é o Rosedal, ou roseiral, onde há vários tipos diferentes da flor, que obviamente não fica tão bonita assim em todas as épocas do ano.
Ao redor do parque, também ficam algumas atrações da cidade, como o zoológico de Buenos Aires, logo do outro lado da Avenida del Libertador, em frente à rótula que tem o Monumento a los Españoles. Em nenhuma das vezes que fui a Buenos Aires acabei entrando no zoo, mas o lugar parece ser bem "emocionante" - mais de uma vez já vi alguma notícia de alguém que foi mordido por um bicho ou de um louquinho que entrou na jaula de um dos leões. Um de meus amigos que já esteve por lá disse que achou o lugar legal, mas meio decadente, com uns animais já meio velhos.
Não muito longe dali, em direção ao bairro, fica o distrito de Las Cañitas, que é um dos melhores lugares para se comer na cidade. À noite, as ruas são completamente cheias de gente indo e vindo de bar em bar ou de e outro restaurante. No meio-dia, quando fomos, num sábado, dá até para escolher qual atrai mais o estômago e a vista. Uma das melhores refeições que já fiz na Argentina foi justamente numa cantina italiana com ares retrô bem ali, só não sei se na Calle Arce ou na Baez (acredito que nessa segunda - não sei como perdi o nome do lugar). Apesar de ter salames pendurados no teto e garrafas de vinho por tudo, o som ambiente é sempre house e o serviço de mesa todo moderninho. Além disso, ter um serviço de qualidade por um valor pessoa que não passava de R$ 35 (isso em 2008!) é algo que não tem preço .

Para quem procura outlets, começar o passeio pelo parque Palermo é um total contrassenso, porque as lojinhas (que hoje em dia vivem abarrotadas de tantos brasileiros, graças às incessantes reportagens da Viagem e Turismo sobre elas) ficam exatamente no lado oposto do bairro, que não tem nada de pequeno. Aliás, na parte das lojas, ao redor da Avenida Corrientes, não há nada de muito bonito, a não ser algumas promoções de ocasião - coisa que tem se tornado mais rara depois que inflação explodiu no país e que os comerciantes cresceram o olho para cima dos brasileiros insaciáveis.

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