Europa no inverno - Parte II

Uma viagem para a Europa durante o inverno pode ser muito legal, mas alguns cuidados iniciais devem ser tomados. 

A primeira regra, e talvez a mais importante, é a de evitar lugares que ficam praticamente “fechados” durante essa estação. Isso abrange uma série de regiões legais para se curtir em estações mais quentes, especialmente aquelas na costa do Mediterrâneo que não têm cidades grandes ou capitais. Dito isso, na minha opinião (e na de muita gente) é uma grande furada querer ir em dezembro, janeiro ou fevereiro para lugares como:

- Algarve (sul de Portugal)
- Ilhas Baleares, na Espanha (Ibiza, Maiorca, Formentera)
- Sardegna (Itália) e Córsega (França), duas ilhas no Mediterrâneo
- litoral da Croácia
- ilhas gregas
- litoral mediterrâneo da Turquia


Qual você prefere?

Em todos esses lugares, a beleza do mar e as praias são grande parte da atração – embora a neve seja incomum nessas regiões, o inverno não ajuda em nada com o vento frio, a chuva frequente, a água gelada e as ondas que inviabilizam muitas viagens de barco. Como há pouco movimento, algumas ligações de ferry boat são suspensas na baixa estação e muitas ilhas que não têm aeroporto só podem ser atingidas em frequências de uma vez por semana.

Em compensação, outros lugares se tornam ainda mais especiais no auge do inverno:

- a Islândia e o norte da Noruega e da Suécia são procurados por quem quer ver a aurora boreal (aquelas luzes verdes que aparecem no céu em regiões polares, quase só no inverno)
- quem é fã da Rússia diz que lá, apesar do frio ser muito forte, tudo fica ainda mais típico nessa época, além de ser alta temporada para espetáculos de arte
- toda a região dos Alpes, incluindo o sudeste da França, a metade sul da Suíça, o norte da Itália e boa parte da Áustria ficam lotadas de gente em busca de esportes de inverno – o mesmo vale para a região dos Pirineus, entre França e Espanha, com destaque para Andorra
- alguns lugares com fama de românticos, como Praga e Paris, ou belezas naturais como o Parque Nacional de Plitvice, na Croácia, transformam a paisagem em algo tão bonito (ou mais) que aquela visível nas demais estações

No mais, as grandes capitais da Europa continuam sua vida normal entre os meses de dezembro e fevereiro. Com a exceção de alguns períodos de recesso para as festas do Natal e do Ano Novo, a escolas estão funcionando, as empresas trabalhando a todo vapor, os campeonatos esportivos rolando e as atrações turísticas continuam abertas.


Metrópoles como Londres, Roma, Paris, Madrid, por exemplo, têm neve apenas algumas semanas por ano, se é que chegam a ter. Outras, como Berlim, Zurique, Amsterdam, Estocolmo e quase todas do Leste Europeu sofrem mais com a neve, mas mesmo assim continuam “funcionando” bem, exceto em grandes tempestades ou nevascas.
Por isso tudo, uma viagem para a Europa que inclua no roteiro apenas grandes capitais não fica prejudicada pela estação. Agora, se a ideia for sair um pouco mais dos roteiros mais conhecidos, é bom certificar-se de que realmente existe alguma coisa para se fazer por lá.

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